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(DES)EDUCAÇÃO MODERNA

editorial-novembro-19

A vida moderna mudou de tal forma tudo o que conhecemos, sem deixar de infiltrar-se na educação. Diante dessa realidade é necessário, apesar de exigir um bocado de esforço, encontrar um caminho para aceitar essa realidade. Para ilustrar nosso hoje vou reportar-me a um anúncio que se vê na televisão: um casal sentado, presumivelmente assistindo a um programa. Ao seu redor, uma garotinha de uns cinco anos, fazendo a maior bagunça: despejando no chão da sala onde o casal se encontra o conteúdo de um cesto de roupas; a seguir apanha uma peça de cozinha cheia de farinha e sem a menor cerimônia imita a cozinheira e mexe toda aquela farinha sujando boa parte do assoalho. Não contente, e com ar de vitória esparrama seus brinquedos. Nessa altura nota-se que o casal, impotente diante do poder da rainha da casa, porém visivelmente saturado das suas “gracinhas” sente que de algum modo é preciso impedir que a criança continue a viver com liberdade abusiva, conduta essa que ela fatalmente utilizará tanto em sua casa como na casa de outrem, na escola, e por fim em todos os lugares, gerando uma vida anárquica, (vista como normal em nossos dias) sem respeito nem disciplina. Esse é um dos momentos cruciais na vida dos pais, porque sabem que é preciso educar, porém nem sempre sabem como. O caminho correto para isso é composto de alguns ingredientes conhecidos: amor, paciência e exemplificação. Não se pode exigir de um filho aquilo que não se faz. Antes de concluir, é necessário que eu conte o final do anúncio: o casal, pelo que parece, imaturo diante das necessidades básicas para se criar um filho apela para uma dessas empresas que comercia com hotéis, e ali (pasmem) encontra a “solução” para seu sossego: um hotel maravilhoso, que lhe oferece a tão sonhada tranquilidade, (será essa a resposta correta para situações similares?) Fugir na busca ilusória de uma falsa paz em vez de resolver a situação, é muito mais confortável (aparentemente) do que se empenhar em conduzir os filhos (sim, dá trabalho, eu sei) pelo caminho da liberdade com limite, tornando-os verdadeiros seres humanos.

Luiz Santantonio
santantonio26@gmail.com