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Até quando? Reflexões para o ano que se inicia

janeiro-2016-editorial

Inevitavelmente, ao se iniciar um novo ano o mundo repete com o mesmo tom enfadonho a clássica promessa de construir uma vida nova. Que tal mudar um pouco e dar os primeiros passos juntos? É hora de refletir: até quando vai durar o nosso ensaio de vida? Já não está na hora de viver nosso papel? Essa indecisão terminará, mesmo que não seja de nossa vontade. Ao se abrir a cortina diante da realidade, e caso a oportunidade seja perdida, como nos sentiremos diante da derrota?
Peço ao leitor que medite a respeito do seguinte: durante nossa vida sofremos repetidas lavagens cerebrais que insidiosamente nos fazem crer que a condução de nossa vida não é obra nossa, e sim, de fatores externos, (destino, vontade divina, etc.).
Essa falácia tolda nossa razão tão profundamente que ninguém se julga apto para assumir o leme de sua vida; essa forma irreal de encarar nossa caminhada é perniciosa e falsa, porque se fosse verdadeira, nós seríamos apenas coadjuvantes de nossos atos e jamais os responsáveis pelo papel principal. O nascimento de um novo ano nos encoraja a fazer a pergunta fatal: o mundo é habitado por criaturas racionais, possuidoras de meios para resolver todos os problemas que lhe são inerentes, ou por seres desprovidos desses meios e condenados a viver eternamente manipulados por cordões, como marionetes?
Se olharmos à nossa volta, descobriremos que existiram e existem criaturas que por sua luta e por sua autoconfiança não se conformaram em ser apenas coadjuvantes, e se destacaram “por seu próprio mérito” a alcançar conhecimento jamais imaginado. Sentiram seu poder e partiram destemidamente para a luta confiantes na vitória. Serão eles diferentes de nós? Se acreditarmos que Deus é perfeito, a criação de Seus filhos se norteará obrigatoriamente pela igualdade; impossível, nos diz a mais simples lógica: não há e nem pode haver diferença entre as criaturas. O grande problema – como de costume – não está em Deus e sim, em nós que permanecemos aguilhoados a princípios anacrônicos, e por essa razão não nos interessamos em buscar dentro de nós as ferramentas que necessitamos para criar uma vida ordenada, dirigida por nossas mãos, sem apelar para essas tolices que insistem em mostrar que “a vida é assim mesmo”, “alguns são mais privilegiados que outros”, etc. Apoiados nessa dúvida continuamos a sonhar sem encarar a responsabilidade de viver com altruísmo e coragem. Todavia, nossa razão nos recomenda que ainda há tempo para começar a viver corretamente, sem desperdícios, tanto no campo material quanto no espiritual.
Em resumo: Eu me sentiria muito feliz em me juntar aos meus leitores, e unidos, enfrentarmos 2016 com a coragem renovada, utilizando como força motriz unicamente o poder infinito da solidariedade.

Luiz Santantonio
santantonio26@gmail.com