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Rebalanceamento dos investimentos: por que é importante?

Imagine que você aplicou em uma carteira adequada aos seus objetivos, horizonte de investimentos e perfil de risco… Porém, isso aconteceu há muitos anos, você nunca mais olhou para aqueles investimentos e não fez mais nenhum aporte ou resgate. O que você imagina que poderia ter acontecido? Será que este portfólio continuaria adequado à você?
Dificilmente tudo estaria de acordo com o que foi proposto no passado. É bem provável que seus ativos tenham apresentado rentabilidades diferentes entre si, levando a um desbalanceamento em relação à alocação proposta inicialmente.

Imagine que suas ações tenham subido muito mais do que os outros ativos do portfólio. Você não possui mais os 20% em renda variável iniciais, mas 50% neste tipo de ativo. Em seguida, imagine que o Ibovespa agora caia 40% como ocorreu em 2008… Com isso, você teria uma queda em ações de 20% (40% x 50%) sobre o total acumulado. Mas, tamanha perda não teria ocorrido se a sua carteira tivesse mantido os 20% em bolsa inicialmente propostos, hipótese em que a perda seria de apenas 8% (40% x 20%).
E tem mais… Se o rebalanceamento for efetuado com alguma frequência, você irá vender seus ativos na alta e comprá-los na baixa. Exemplo: se a sua fatia em ações diminuir para 15%, isso significa que elas ficaram relativamente mais baratas em relação aos demais investimentos. Ao rebalancear sua carteira, você estará comprando ações baratas e voltará aos 20% em ações iniciais. Por outro lado, se o percentual em ações estiver acima do ideal, é porque as suas ações subiram mais do que seus outros ativos e, portanto, estão caras. Melhor vendê-las para ajustar o portfólio!

Leticia Camargo é economista, planejadora financeira pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner). Email: leticia@leticiacamargo.com.br.