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Água: qual é o caminho? Poupar ou desperdiçar?

editorial-maio-2018

Esse tema nos servirá de modelo para várias contradições; por enquanto vamos tratar da água. Sabemos que o planeta não possui água potável para ser desperdiçada, e sim, para ser utilizada com parcimônia, principalmente nas grandes metrópoles. Não há quem não saiba disso, porém, o setor que cuida desse problema, andou reclamando porque a população (pasmem) passou a economizar “o que acarretou sérios prejuízos para a empresa responsável. Você, leitor, o que acha que devemos fazer: poupar para que os recursos hídricos sejam preservados (que é o caminho probatório de nossa condição de civilizados) ou deixar-se vencer pelo argumento de que não devemos poupar porque isso representa diminuição dos lucros da empresa?
Eis aí uma das grandes contradições de nossa época, cujos responsáveis não se envergonham de apresentar publicamente argumentos que deixam a população desnorteada, sem saber que rumo tomar; como é possível, sem remorso, travestir a mentira em falsa verdade que já não engana mais ninguém? O que dizer dos encarregados, -supostamente pessoas preparadas para gerir cargos que exigem elevado preparo técnico e humanitário, –indiferentes sobre a desumanidade de seus atos? Diante desse quadro, que ensinamento devemos privilegiar em relação aos nossos filhos? Lucro pelo lucro ou lucro com respeito aos indefesos usuários? Será exagero meu ou estamos caminhando nessa trilha, cegos e mudos diante do que se descortina ante nossos olhos incrédulos (ou conformados).
Essa é apenas uma das quase infinitas contradições com as quais somos obrigados a conviver. Escolhi a questão da água aleatoriamente, mero pretexto para avaliar outros itens que desfiguram a imagem do ser humano, que é, como sabemos, o representante máximo do que há de mais perfeito na Criação Divina. Lamentavelmente nosso espaço é limitado; porém, ao longo do tempo voltarei a conversar com o leitor sobre outros tópicos, que demostram claramente que nós, humanos, estamos apenas na periferia de nossa caminhada em direção a uma condição mais nobre, que é, afinal, a razão de ser de nossa existência!

Luis Santantonio
Santantonio26@gmail.com